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Posts Tagged ‘opinião’

Bem, outra tarde desperdiçada, outro potencial “Príncipe Encantado” saindo da minha vida. Eu acho que já deveria estar acostumada a isso, porque é simplesmente tão típico: homens irão conversar o dia todo sobre o quanto valorizam a ambição e a inteligência em uma parceira, mas quando finalmente encontram uma górgona educada e bem-sucedida, repentinamente eles saem correndo.

Desnecessário dizer, uma companhia esperta e sofisticada não é o que esses homens estão na verdade procurando. Não, o que eles querem mesmo é alguma mortal facilmente impressionável e que irá rir de todas as piadas deles. Alguém que não vai desafiar suas mentes ou discordar de suas opiniões. Alguém que não tenha uma aparência tão aterrorizante que transforme seus admiradores em pedra.

Eu suponho que poderia dar risadinhas, adejar os olhos, e despreocupadamente girar uma serpente sibilante e venenosa em torno de meus dedos – mas não é assim que eu sou.

Olha, eu trago muita coisa pra mesa. Eu fiz um MBA em Harvard, eu administro minha própria empresa, eu tenho o poder mortal de roubar o sopro de vida de todos que me fitam, e eu estou em ótima forma. Se eu fosse um homem, seria admirado e invejado por essas coisas. Mas não sou e, por causa disso, os homens me acham ameaçadora. Quando eu caminho dentro de um aposento, eles se viram de medo, fecham os olhos e cambaleiam para fora do lugar, em pânico.

E estamos falando de homens adultos!

Como vocês podem imaginar, namorar, pra mim, é um grande desafio. Aqui estamos em 2010, e os seus preciosos pequenos egos masculinos ainda são tão frágeis que não conseguem suportar sentar-se numa mesa de jantar diante de uma górgona independente e indescritivelmente horripilante, que ganha mais dinheiro do que eles.

Quando olho no espelho, eu gosto do que vejo: lábios carnudos, olhos vermelhos brilhantes, um enredado de víboras vivas na minha cabeça. Minha irmã Stheno diz que eu “verdadeiramente personifico os terrores do mar” e que eu seria um “bom partido” para qualquer homem com metade de um cérebro. Não sei, talvez ela esteja certa. Ainda assim, toda vez que a verdadeira ‘eu’ emerge — a monstra confiante e culta, com medonhos dentes similares aos de um javali, e que sabe o que quer e não tem medo de conseguir — tudo começa a desandar.

Bem, desculpe, caras. Se vocês estão procurando por alguém para ficar sentadinha, calada e linda, o tempo todo se certificando de manter seu par de asas educadamente dobradas, vocês estão me confundindo com outra pessoa.

É pegar ou largar. Eu sou forte, linda, não tenho medo de falar o que penso, e berraaar e chiaaar!

Estou pedindo por algo tão doido assim? Não posso aproveitar a noite fora da cidade com um homem que aceite — não, que valorize — as melhores partes de mim? Alguém que aprecie minhas muitas realizações pessoais e que não vai simplesmente gritar e gritar enquanto seu corpo lentamente vira pedra e nunca mais me telefonar?

Recentemente, eu me inscrevi num site de encontros, achando que se eu fosse completamente sincera sobre mim, eu encontraria o homem certo. Mas que falta de sorte! Você pode mencionar que tem sua própria ilha grega, você pode postar uma foto revelando sua forma flexível, seus olhos selvagens, sua língua bifurcada e tudo o mais, mas se você mencionar que é uma profissional poderosa e que se fez sozinha, cujo lar repleto de homens petrificados que se postam diante dela, aí vem o “ôo, não, obrigado, cabeção!”

Todo homem recua de horror de uma górgona no momento que ele descobre que ela tem algo de inteligente dentro da sua cabeça cheia de serpentes?

Eu admito que deve haver outras questões por trás do meu intelecto intimidante. Alguns caras podem pensar que, por eu ter milhares de anos de idade, eu esteja procurando algo estável para começar a ter filhos imediatamente. Mas não é verdade. Eu só quero o que todas querem: companhia com um igual que não virará pedra sempre que eu cravar minhas garras de bronze em sua carne e rasgá-la de seus ossos espalhados.

Argh. Provavelmente vou ficar solteira para sempre.

(por Euryale | 15 de abril de 2010 | The Onion edição 46•15 – traduzido por mim – Original CLICANDO AQUI.)


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O planeta do Pequeno Príncipe era pequeno, mas tinha gravidade suficiente para lhe dar um lugar para ficar de pé.

Como você começa um projeto? Às vezes, os pensamentos na nossa cabeça são tão espalhados que não sabemos por onde começar. Eis um truque que o meu amigo Paul Abbott me ensinou:

Simplesmente comece.

Mesmo se você não sabe para onde está indo. Comece assim mesmo. Se for uma narrativa, uma pintura, uma ideia para um empreendimento de negócios… apenas mergulhe nisso.

Abra uma pasta no seu laptop. Dê um nome para ela.

Abra um arquivo nessa pasta. Dê um nome para ele.

Agora comece.

O universo se auto-organiza

Há algumas semanas atrás, eu escrevi uma postagem neste espaço sobre a natureza auto-organizadora do universo. É verdade. É uma lei.

Assim que você começa a trabalhar (e o trabalho rende), uma coisa incrível começa a acontecer. O trabalho gera seu próprio campo gravitacional.

É como poeira estelar se juntando. Uma partícula se forma, a qual puxa outra, que se torna um cisco, depois uma nódoa, depois uma esfera, uma bolha, um tijolo, um Volkswagen. Logo logo você terá uma orbe  legítima… uma esfera… um planeta miniatura, como aquele em que o Pequeno Príncipe vivia. Lembra do livro de Saint-Exupery? O planeta do príncipe era tão pequeno que ele percorria sua circunferência em dez passos.

Mas ele tinha gravidade. Sua massa exercia força centrípeta suficiente para evitar que o Pequeno Príncipe se perdesse no espaço.

A gravidade é nossa amiga

É assim que nosso trabalho funciona, uma vez que alcançamos a massa limiar mínima. Ela adere. Ela ganha coerência.

Ela nos dá um lugar onde ficarmos de pé.

Você está escrevendo uma narrativa. Você tem uma cena ali, um fragmento. Mas o trabalho está por todo o lugar; você não sabe que diabos é ou para onde vai. Mas agora, no estágio do planeta do Pequeno Príncipe, você realmente tem Alguma Coisa. Isso é melhor do que Nada. Nós podemos construir em cima desse Algo.

Ainda empacado? Comece outra partícula de poeira. Construa em cima dela até ter um segundo planeta. O que acontece então? Os planetas começam a se atrair um ao outro. Você agora tem uma massa. Você tem gravidade. Entre um fragmento de uma cena em um planeta e uma noção de um personagem no outro, uma carga elétrica se ativa. Repentinamente, você tem uma cena inteiramente nova envolvendo aquele personagem! Algo mais Algo resulta em Algo Mais.

Gravidade mais Intenção é igual a Força Cinética

A gravidade, como o hábito, pode ser um poderoso aliado porque ela leva inevitavelmente a outro fenômeno newtoniano: a força cinética.

O planeta do nosso Pequeno Príncipe, como descobrimos, possui não apenas massa, mas movimento. Ele está se movendo pelo espaço. Nossa energia, nossa intenção, nossa atenção estão dando força para ele. E agora?

Continue a se mover.

Não pare. Não fique fazendo segundas avaliações. Não olhe para trás. Tire coragem do quão longe você já veio. De uma partícula até uma bolha e até o seu próprio minúsculo planeta. Agora continue andando.

Não se preocupe, você não irá cair. Você tem a gravidade trabalhando por você.

(por Steven Pressfield | 4 de novembro de 2009 | traduzido por mim – Original CLICANDO AQUI.)

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A questão que mais aparece entre os artistas e empresários aspirantes é esta: “Como podemos perseguir nossos sonhos quando temos filhos, emprego, exigências e prazos? Como encontramos tempo, auto-disciplina e energia quando estamos lidando com toda essa coisa de vida real no mundo real?”

A Musa pode ser uma mestra/senhora durona. Mas ela tem um lado leve, se soubermos onde procurar.

Eis o que a deusa quer:

“Comprometa-se com a dor”

A Musa quer compromisso. Ela exige um contrato de longo termo. Ela quer que assinemos com sangue e nos penduremos nisso de agora até o fim. A Musa odeia coisas de momento, que só se fazem uma vez. Ela não irá tolerar guerreiros de fim-de-semana ou desistentes. Se estamos dentro, estaremos nessa por todo o tempo que durar.

A Musa gosta de ver movimento. Ela ajuda seus suplicantes a colocar a pedra para rolar e não deixá-la parar. Quando a deusa verifica como as coisas estão numa quinta-feira, ela não fica feliz de ver que a bola está na mesma linha de campo em que estava na terça-feira. Isso a deixa irritável.

Vá fundo e vá longe

A Musa exige profundidade. A superficialidade não funciona para ela. Se estivermos procurando por sua ajuda, não podemos ficar no rasinho da piscina. Quando trabalhamos, temos que dar duro e ir bem pro fundo.

A deusa quer foco. Concentração. Quando ela vê dispersão mental, ela perde a vontade, e fica querendo desligar o telefone. Passe o ferrolho na porta, procure banir toda a distração.

A Musa é uma deusa ciumenta. Ela exige nossa atenção completa. Sem competições. Sem outros concorrentes. E nós não podemos enganá-la ou traí-la. Ela enxerga através de nós.

O pecado do orgulho

Por ultimo, a Musa exige humildade. Lembre-se, para os deuses olimpianos, o delito mais abominável não era assassinato ou estupro ou mesmo traição. Era o orgulho.

Estas são exigências pesadas. Mas por que não deveriam ser? A contribuição da Musa são idéias, inspirações; ela é aquela que nos liga a nosso eu-interior mais verdadeiro e traz para fora o ouro que é nosso e nosso apenas para contribuir. Sem ela, não temos nada. Então ela joga pra valer, e exige que joguemos da mesma forma.

O lado leve da Musa

Mas há uma área onde a Musa dá uma folga, e é esta:

Ela não exige quantidades massivas de tempo.

Quando Steven Soderbergh pegou seu Oscar como Melhor Diretor, ele levantou a estatueta e disse: “Isto é para todo mundo que dedica pelo menos uma hora por dia perseguindo seus sonhos”.

Uma hora. A deusa pode viver com isso. Se pudermos lhe dar sessenta minutes de atenção concentrada profunda, sem distrações, sem dispersões, ela aceitará. Talvez não para sempre, mas por enquanto. Para começar.

E essas horas se somam. Sessenta minutos por dia, cinco dias por semana, cinquenta semanas por ano, equivalem a 250 horas. Meu típico dia de trabalho (mesmo quando no meu máximo) é apenas quatro horas. 250 horas equivalem a mais de sessenta dias de trabalho por ano. 12 semanas. Isso não é pouca coisa. É algo. É algo de verdade.

Frederic Raphael, o roteirista de “De Olhos Bem Fechados”, tem uma ótima definição de trabalho. Ele diz: “Trabalho é quando você tem páginas no final do dia que você não tinha no começo”. Isso funciona para todos nós – atores, empresários, todo mundo.

E funciona para a Musa também. Ela gosta de ver a pedra rolando, mesmo que só a possamos rolar por uma hora por dia.

[Obrigado ao Coyoteguy pela citação desta semana: “Lembre-se, a Musa favorece quem trabalha duro. Ela odeia divas.”(…)]

(por Steven Pressfield | 16 de setembro de 2009 | traduzido por mim Original CLICANDO AQUI.)

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(por Ewen, em 18 de agosto de 2009)

“Todo mundo gosta de dançar. Até a Rainha gosta de dançar… eu acho. Minha opinião é que a dança é uma das atividades mais espirituais que alguém pode fazer. Os benefícios da dança são numerosos. Ela solta a rigidez psicológica, libera tensões, cura depressão, é um bom exercício e faz você se levar menos a sério. Não há nada pior do que se levar muito a sério.

Dança e Espiritualidade

Muitos místicos antigos falaram sobre a dança ser uma forma rápida e poderosa de entrar em contato com o divino. É uma prática importante tanto no Daoísmo quanto no Sufismo. Diz-se que o respeitado poeta sufi, Rumi, dançava sempre que desejava, não importa na companhia de quem ele estivesse.

A Técnica

Esta técnica ou exercício de Tarot é uma foram de realmente entender a carta do Louco. Para mim, a carta do Louco tem tudo a ver com impulsos espirituais. Um impulso que não tem reconhecimento, regras ou ordem. Ele é solto e completamente livre; ele transcende tanto a vida quanto a morte. Para começar, coloque alguma música de sua escolhe, relaxe e simplesmente comece a dançar. Deixe seu corpo se mover do jeito que ele quiser. Você provavelmente perceberá vozes internas vindo à superfície, lhe dizendo que você é um boboca ou algo do gênero; mas simplesmente as ignore, elas não sabem de nada.

Depois de alguns minutos de dança, comece a chutar, estender as pernas, esticar os braços para os lados (como se estivesse imitando um avião) e empinar sua cabeça para trás para que você possa olhar para o teto, depois simplesmente comece a gargalhar. Deixe a risada vir de bem fundo dentro de você. Se a risada não vier na primeira tentativa, dê um riso falso forçado até que esteja rindo de verdade. Não deve demorar para virar uma risada descontrolada.  esse ponto, você pode pensar consigo: “Eu sou o Louco Sagrado; estou além da vida e da morte”.

Dance como um Louco

Os antigos daoístas chineses afirmam que, se você fizer essa dança todo dia, você viverá até os oitenta anos.

Acho que esse exercício proverá uma dimensão totalmente diferente da carta do Louco do que os livros lhe darão.

Deixe-me saber como você lida com essa técnica, suas experiências e suas percepções com o Louco… e eu sempre estou procurando por novos movimentos de dança.

Divirta-se,
Ewen”

(Original em Tarot Eon – clique AQUI. Traduzido por mim.)

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“Antes de você conseguir conhecer a verdade do outro, você tem que conhecer sua própria verdade. Antes de você poder ver claramente, você tem que abrir seus olhos. Sem se conhecer, você pode apenas responder/reagir. Ao se conhecer, você pode questionar, dando origem à conversação.

Vida é conversação entre um indivíduo e as circunstâncias nas quais ele se encontra. Aquela interação entre uma parte e o todo é a conversa entre uma criatura e o seu criador. Mas tal conversação não é possível se a criatura não presta atenção.

Discernimento (insight) espiritual surge naturalmente ao se viver a vida. Com os olhos abertos, você aprende sobre o que lhe cerca, e com esse conhecimento pode tomar decisões melhores. Isso se chama Compreensão. Ao tomar suas decisões e prestar atenção ao resultado dessas decisões, você aprende ainda mais sobre o seu meio. Esse refinamento constante de conhecimento é chamado de Sabedoria. É através dele que tocamos a barra do manto de Deus; é através da Compreensão e da Sabedoria que nos aproximamos do Divino.

Nada disto é possível sem primeiro nos voltarmos para dentro. O primeiro passo de qualquer jornada é saber onde você está começando. Você começa se questionando. Você começa explorando o labirinto de seu passado e jogando com os pedaços de quebra-cabeça de seu presente. Você começa ousando responder o enigma de sua existência com uma curiosidade e humildade sempre crescentes.

Por que curiosidade? O curioso aceita tanto o positivo quanto o negativo com igual zelo. Curiosidade significa interesse tanto na profundidade da terra quanto no alcance dos ventos, embora não julgue nenhum dos dois. Por que humildade? Humildade significa ser humano; estar disposto a honrar isso, o que é maior do que a si mesmo. A humildade é a posição de aprendizado.

Ainda assim, nada do que eu diga possa conceder qualquer uma dessas coisas a você. Nenhum chavão pode substituir ou satisfazer a exploração espiritual individual. Não posso fazer você se auto-conhecer. Não posso viver sua vida por você. Não posso fazer você ver aquilo que você escolhe não ver. Se você não ousar se voltar para dentro de si, não há ameaça que eu possa fazer para lhe persuadir. Pedir que você seja curioso e humilde é tão sem sentido quanto lhe pedir para se sentir bem quando está doente. Você tem que fazer tal escolha, e nenhuma influência externa pode fazer essa escolha por você.

Então, ao escrever esta curta instrução sobre como ser humano, eu provo minha própria falha (hybris). Eu penso que de alguma forma, ao relatar a você o que eu conheço de minha própria experiência, eu posso abrir seus olhos e fazer você ficar curioso. Eu não posso fazer com que você faça algo. Infelizmente, só posso realizar conversas vãs…

Mas se essa conversa fizer surgir um bom questionamento, será realmente vã?”

(Texto de John – original clicando AQUI – traduzido por mim.)

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“- 1. Você precisa melhorar sua escrita

Eu nunca li tanta coisa desanimadoramente ruim quanto na universidade. Não é tudo que é terrível, mas as coisas que são ruins são simplesmente atrozes. São prolixas, débeis, repetitivas, e cheias de jargões que não fazem sentido. Eu percebo que o jargão é exatamente a coisa com a qual você trabalha e que, como você precisa do seu jargão de assunto específico para fazer sentido, então você deve usá-lo. Mas há uma outra série inteira de asneiras acadêmicas gerais que você precisa cortar da sua escrita agora mesmo. Vá ler as dicas de escrita de Orwell e depois os elementos de estilo de Strunk e White, e então podemos conversar de novo. Dica: utilizar = usar, impedir = bloquear, empoderamento = asneira. Você precisa de muita prática em escrita clara, em boa prosa e em dizer o que você quer dizer. Blogar vai lhe ajudar a adquirir essa prática.

2. Algumas das suas idéias são bestas

Quanto mais cedo chamarem a atenção para suas idéias ruins, melhor. Blogar tem um retorno (feedback) quase imediato, e se você escrever um blog com tema específico, então seus colegas do mundo todo irão lê-lo (se não o fizerem, então você está fazendo alguma coisa errada). Isso significa que, quando você tem uma idéia ruim, você deveria ouvir falar dela rapidamente, para que você possa então reconsiderar. Quando você tem uma idéia boa, você ouvirá sobre ela; e quando você tem uma idéia incompleta, e algumas pessoas se intrometem contribuindo com sugestões, você terá uma idéia melhor-formada. Etcetera.

3. O propósito da universidade é expandir o conhecimento

Se você acredita que a razão para universitários publicarem é expandir o conhecimento, então expandi-lo além dos poucos dez ou cem de seus colegas que lêem os obscuros periódicos onde você publica deveria ser uma boa coisa. Suas idéias deveriam importar (se elas não importam, você deveria tentar vir com outras idéias melhores). Se elas importam, então mais pessoas deveriam saber sobre elas, e agora mesmo todas as suas idéias estão trancadas dentro das paredes dos periódicos, conferências acadêmicas e as quatro paredes da universidade. Liberte-as, e as boas idéias irão se espalhar, as pessoas irão construir em cima delas, e o conhecimento como um todo irá ser benéfico.

4. Blogar expande sua habilidade de leitura

Polinização cruzada de idéias contribui para um ecossistema intelectual mais saudável, e blogar significa que qualquer pessoa – não apenas aquelas do seu curso – ficará propensa a ler suas coisas. Isso inclui outros universitários, assim como o resto de nós (políticos, formadores de opinião, artistas, engenheiros, designers, escritores, pensadores, crianças, pais, e assim por diante). Qualquer pessoa pode ter um interesse em seu trabalho, dando idéias de como ele pode ser melhorado, ou refletindo em como os seus pensamentos podem melhorar a própria maneira de eles pensarem um assunto específico (talvez aparentemente não-relacionado). Ter mais leitores, dos mais variados backgrounds (experiências, conhecimentos), significa que suas idéias irão ter um impacto maior.

5. Blogar protege e promove suas idéias

Ao blogar uma nova idéia, você põe seu lance em jogo (cibernético), com datas e leituras para atestar sua afirmação. Quando você bloga, você publicou, significando que as pessoas sabem que você publicou, e mais tarde significando que uma audiência muito mais extensa – qualquer um com conexão à Internet – pode acessar suas idéias. O que nos leva ao próximo ponto.

6. Blogar dá reputação

Ao blogar, os links são moeda corrente: sua reputação é feita por quem te ‘linka’ e com que freqüência. Isso é uma construção interna, e um sistema de reputação mais-ou-menos democrático, já que é definido por interesses. Ao ter suas idéias online, o valor delas (refletido em quem é interessado nelas) se torna imediatamente aparente. O sistema de periódicos acadêmicos trabalha de forma similar, com referências a periódicos sendo a moeda corrente. Então você deveria se sentir bastante em casa (à vontade).

7. Linkar é melhor do que fazer notas de rodapé

‘Linkar’ é muito melhor que uma nota de rodapé. Ele permite a seus leitores visitar imediatamente o material que você usa como fonte (isso se ele também estiver online), então novamente é provável expandir conhecimento ao dar aos leitores acesso direto às idéias que dão suporte às suas idéias.

8. Periódicos e blogs podem (e devem) coexistir

Blogs e jornais (online) existem em uma relação simbiótica: blogueiros filtram e se referem a jornais, enviando tráfego a eles. Jornais agora blogam, e os blogueiros escrevem artigos de jornais. Há um senso geral de que blogar pode ser um pouco mais do que uma forma livre, um pouco menos refinada; enquanto artigos de jornais são mais rigorosos e finais. Algo similar deveria acontecer com blogs e periódicos. Se um universitário bloga, eles podem envolver e desenvolver uma série de idéias. Quando as idéias são mais claras e refinadas, elas podem ser transferidas a artigos de periódicos. Mas vamos pegar esses periódicos online e libertá-los também. E, falando nisso:

9. O que os periódicos têm feito por você ultimamente?

Os periódicos definem sua reputação, e não pagam nada. É igual blogar. Eles são exorbitantemente caros, têm termos de copyright abusivos e restritivos, e não estão disponíveis online ao público geral. Você não pode ‘linkar’ para eles, e normalmente você não pode nem encontrá-los. É diferente de blogar. Periódicos deveriam todos ser de acesso aberto e livre na Internet (como os jornais têm se tornado), e você deveria dizer a eles isso, e escolher publicar em periódicos de acesso aberto sempre que possível. É bom para seu conhecimento, e você está no ramo do conhecimento. Você deveria apoiar o que quer que seja bom para o conhecimento. -“

(Texto de Hugh McGuire – original clicando AQUI – traduzido por mim.)

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“O conceito de ‘querer mais’ é algo que sempre me incomodou. Eu acho que, como regra geral, nós todos ‘queremos mais’ do que temos, independente de percebermos isso ou não. Eu passei muito tempo lutando contra este sentimento porque eu também quero me sentir contente com o que atualmente tenho. Ser capaz de parar no momento e verdadeiramente apreciar onde e quem eu sou agora, em vez de desejar constantemente algo mais. Eu me perguntei várias vezes por que isso de ter que ter ‘mais’, por que não posso ser feliz com o que tenho agora. ‘Querer mais’ faz eu me sentir egoísta e gananciosa.

E isso nem é só com coisas materiais, embora essas sejam os desejos mais óbvios. É com tudo. Amor, amizade, espiritualidade. Eu tenho pensado bastante sobre isso ultimamente (em algum outro desses humores batutas). Eu percebi que a maioria dos ‘mais’ que eu quero não é sequer mais. Eu não sei como explicar realmente isso.

Já teve um desejo incontrolável de comer algo que não tinha em sua casa? Já tentou satisfazer esse desejo comendo toda a espécie de outras coisas, mas nenhuma era o que você realmente queria, então você ainda fica com aquela vontade? O sentimento é o mesmo. Eu sinto como se houvesse alguma coisa realmente importante e vital que esteja faltando em minha vida e eu esteja tentando preencher esse buraco com um monte de outras coisas que na verdade não são o que deveriam ser. O problema é que eu não sei o que é que está faltando ou onde sequer começar a procurar para encontrá-la.”

(Texto de fox – original clicando AQUI – traduzido por mim.)

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“O medo é um metamorfo, ele não tem conceito de tamanho ou ocasião e não aprende com novos exemplos, uma vez é o suficiente para o medo ser compreendido. Depois disso, o medo sempre tem o exemplo original na mente e, quando uma nova situação surge que seja diferente da primeira mas que talvez tenha algum elemento em comum, o medo muda de forma para se adequar à ocasião.

Meu cachorro caiu na água quando era pequeno, ele ficou aterrorizado e eu tive que descobrir onde ele estava escondido depois de fugir desesperado quando chegou ao litoral e tive que confortá-lo até que ele parasse de tremer e chorar. Filhotinhos são como bebês, com resposta puramente emocionais a seu meio e respondendo como criancinhas. De qualquer forma, desde então o Cubo (que hoje é um imenso e pesado marshmallow de um Rottweiler) tem medo de água. Não importa que forma ou estado ela esteja: uma poça, um córrego, um fluxo de água pela estrada, qualquer coisa exceto beber água do seu baldinho.

Foi preciso várias e várias visitas a um córrego aqui perto até ele relaxar o suficiente para começar a brincar com ele e até colocar seus tornozelos na água. Foram várias caminhadas no campo arrastando-o pelos riachos para mantê-lo seguindo e mesmo agora ele ainda pára e choraminga e olha desesperadamente para algum outro lado.

Nós todos temos o senso comum no lugar, o instinto básico de sobrevivência, não meter a mão no fogo senão vai doer ou não comer aquela planta ali senão você morre, mas o medo em nós leva isso tudo a um passo adiante. Ele se torna um cão de guarda que não deixará você sair da sua própria casa porque você pode querer passar por cima dele (já viu o filme “Eu Robô”?), como se isso fosse para seu próprio bem, mas na verdade você preferiria mesmo era se enfiar numa caixa e jogar a chave fora.

O medo não tem senso de tamanho. Um pequeno medo é o mesmo que um grande medo, abra o portão só um pouquinho e ele todo virá correndo para fora. Um medo da morte se torna um medo de cachorros, aranhas, água, perder seu parceiro, ou qualquer que seja seu medo pessoal, e é preciso centenas ou milhares de exemplos de que algo está OK para apagar a concordância original de medo.

A coisa interessante também, observando meus dois cachorros, é que a mais nova também está aprendendo a ter medo de água. Ela aprendeu com o Cubo e, quando ele não vai para perto da água, ela também não vai.

Então eu me pergunto quantos medos foram passados para mim por meus pais sem eu sequer acessá-los ou decidir se eu os queria ou não, e me pergunto do que é que tenho medo e que não me serve mais? Que concordâncias feitas há muito tempo agora me detêm e impedem de ser quem eu sou?”

(Texto de Cliodhna – original clicando AQUI – traduzido por mim.)

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